sexta-feira, 14 de maio de 2010

A INVENÇÃO DO DORÍMETRO E FIM DA HISTÓRIA Em pleno 13 de Maio, em memória das vítimas da violência institucional e em homenagem a mais um negro humilhado pela PM na velha São Paulo.




Salloma salomão Jovino da Silva

Alguém certa vez, me perguntou sobre a dor, se não uma questão apenas de ponto de vista!? Essa noção absoluta de relatividade deve explicar um fato recente que surgiu na mídia. No primeiro momento pareceu tratar-se de uma fábula borgiana. Permitam-me contar...

Há tempos que uma equipe de renomados pesquisadores esta montando um aparelho que possa medir a dor. Inclusive já divulgaram que o tal equipamento será capaz de fazê-lo em caráter histórico e retroativo. Um chefe do laboratório deu uma entrevista muito esclarecedora para um famoso jornalista honesto, sustentando que quando o tal aparelho chamado “Dorímetro” estiver funcionando, vai ter fim esse papo de cota, reparação, escravidão, holocausto ou denúncia vazia de genocídio.

Segundo o Doutor Oto Krakauer, responsável pelas pesquisas, a partir de agora vai bastar medir a dor de cada pessoa, de cada nação, de cada civilização e comparar com outras amostras, para saber se “certas reivindicações” de reparação, justiça e equidade têm realmente fundamento ou não.

O objetivo principal daquele que já é considerado “o invento do século” é justamente a economia de tempo e papel que propiciará. O proeminente intelectual que é ao mesmo tempo o proprietário da empresa que fabricará o equipamento argumenta que “muito dinheiro será economizado em psicanalista, em pesquisa antropológica, arqueológica, filosófica e histórica." Sua ênfase recai principalmente nas duas últimas que, segundo o genial pesquisador, “nada produzem de útil mesmo”.

Observadores mais atentos dizem que no Brasil mundo acadêmico e científico está em verdadeira polvorosa. Corre a boca pequena que em alguns centros de pesquisa, especialmente em países em “vias de desenvolvimento” está em curso uma verdadeira corrida maluca em busca de aposentadoria, assim como das últimas bolsas de estudo disponíveis para essa área denominada Ciências Humanas.

Renomados cientistas sociais já se anteciparam e mandaram seus Currículos Lattes, com as devidas cartas de recomendações às ONGs de Empresas como Camargo Correia, Odebrecht, Banco Itaú, Unibanco, Andrade Gutiérrez, Natura, etc. Sob o risco de perder as verbas de pesquisa preferem vender seu requintado trabalho a quem pagar alguma do que, ter de lutar por uma maior democratização do ensino superior.

Mantendo o anonimato fala-se que estão pesarosos e dizendo adeus aos longos seminários internacionais as custa dos cofres público, aqueles pesquisadores que já conseguiram manter algum prestígio ou privilégio, obter ascensão ou lucro com monografias, dissertações ou teses, com questões que desafiam a compreensão do surgimento e desenvolvimento de certa humanidade. Nunca mais será possível um único centavo, para eternas elucubrações sobre colonialismo, imperialismo, hegemonia, escravismo, essencialismo, fenomenologia, existencialismo, revivalismo, religiosidade, cultura, civilização e outros tantos temas. Toda a economia de dinheiro que o uso do “Dorímetro” deverá ser redirecionada para pesquisas sobre as variantes das cefaléias e produção de novos medicamentos pra o cancro-mole.

Enquanto o invento não vem, vamos assistindo a dor ao lado, a dor alheira, nos corrompendo pela dor silenciosa das pequenas e imperceptíveis gentes, dorzinha gostosamente imensurável. A melhor dor é a nossa, porque é dor mesquinha e intransferível. É dor extremamente pessoal, de foro íntimo, ínfimo.

Essa dorzinha individualista não pode rimar com as músicas ritmadas que se espalharam pelas margens do Atlântico. Certamente o gemido dos torturados pelos americanos e ingleses não pode rimar com o soul de James Brown, é certo que não rima. Não podem rimar com cor tão branca e a voz tão negra do Rithm and blues de forte Amy Winehouse. Rajada de metralhadora não é rufo de caixa da bateria, bumbo não é bazuca, baqueta não é bala. Nossa vingança adormecida é resultado dessa dor. Ela resume-se na certeza de que quem atira mata, mas quem mata, mesmo inocentemente morre um pouco também.

Vimos pela internet em tempo real que os corpos despedaçados no Sudão e Nigéria, Kossovo e Bagdá depois de apresentados on-line, ficam meio escondidos em um ponto neutro da tela de LCD, permanecem lá por semanas aparentemente intacto, mas não sentimos o cheiro. Não sentimos o também parte de nós nos corpos que boiaram no Mississipi, nem na pólvora gasta com moradores de rua na zona norte de São Paulo. Não sentimos nada, nem mesmos a ação do tempo, nem do refluir da História. Somos mortos-vivos poderosos, cujos funerais têm que ser refeito todos os dias.

Muitos como eu adoram ver os roqueiros velhos, ver os cabelos brancos e as pelancas de homens vitoriosos cheios de medalhas e prestígio comprado na indústria de cosméticos. Com o passar do tempo virilidade torna-se apenas jogo de cena, só há sensualidade na língua, no farfalhar das notas verdes e no brilho das medalhas. Minha conclusão é que o envelhecimento humaniza, mas não salva, a morte ridiculariza e somente a dor é esclarecedora. Por tudo isso e, até que o Dorímetro seja colocado em funcionamento, devemos incentivar os jovens de ambos os sexos para que memorizem o maior numero possível de datas e nomes de lugares e pessoas.

Salloma Salomão Jovino da Silva é Doutor em História pela PUC-SP e Professor de História da África e Cultura Afro- Brasileira da F.S.A.

Retirado do blog http://sergiospires.blogspot.com/

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Palestra Polifonias Negras na África e na Diáspora





No dia 18 de maio ocorrerá na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC a palestra Polifonias Negras na África e na Diáspora. Os palestrantes convidados são o Professor Doutor Salomão Jovino da Silva da Fundação Santo André e o Professor Doutor Júlio Moracen Naranjo da UNIFESP.


O evento é organizado pelo CECAFRO (Centro de Estudos da África e da Diáspora) – PUC-SP.

Local: PUC-SP – Sala T-47 – Prédio Velho.

Horário: 19h30

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Novo professor da disciplina de História Africana






Depois de tantas idas e vindas o curso de História da Fundação Santo André contratou um professor especialista em África. O novo professor da disciplina História e Cultura Afro-brasileira e Africana é o professor Salomão Jovino da Silva.

Graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC, com mestrado e doutorado pela mesma universidade. Tem experiência em pesquisa e ensino na área de História, com ênfase em História do Brasil Império, atuando principalmente nos seguintes temas: Práticas culturais negras nos séculos XIX e XX, identidades étnicas, movimentos negros urbanos. Atua como consultor em projetos de formação coninuada de professores para instituições públicas e privadas em temáticas das Relações étnico-raciais, História e Culturas Africanas e Afro- Brasileira. Além de trabalhar com atividades musicais.

Cantor afro-mineiro e novo professor da Fundação Santo André, Salloma Sallomão, ingressa nesta universidade recebendo as boas vindas de toda a comunidade acadêmica.

Para conhecer melhor o professor Salomão Jovino, segue o link da canção Kalunga-Lagrimas de Sal. Gravado na Casa de Cult. Butantã SP, meados do ano de 2009.


Mini-cursos para os alunos de História da FSA





O curso de História da Fundação Santo André está promovendo dois mini-cursos para os alunos de História.

LEITURA E TRANSCRIÇÃO DE DOCUMENTOS MODERNOS

Responsável e ministrante: Profª Dr. Clarice Assalim
Carga horária total: 16 horas
Carga horária semanal: 02 horas
Dia da semana: Sextas – das 17h00min às 19h00min
Calendário: 1º semestre de 2010

09/04; 16/04; 23/04; 30/04;
07/05; 14/05; 21/05; 28/05

Conteúdo:

1. Conceitos básicos:
1.1. Filologia
1.2. Paleografia
1.3. Codicologia
1.4. Diplomática
2. Divisão da escrita latina
2.1. Paleografia antiga
2.2. Paleografia medieval
2.3. Paleografia moderna
3. Tipologia gráfica da escrita moderna
3.1. Séculos XIX e XVIII
3.2. Século XVII
3.3. Século XVI
4. Considerações gerais sobre os caracteres gráficos
4.1. Forma
4.2. Ângulo
4.3. Módulo
4.4. Ductus
4.5. Peso
5. Abreviaturas e sinais abreviativos
6. Números e numeração
7. Edição de documentos
7.1. Diplomática
7.2. Semidiplomática
7.3. Paleográfica
7.4. Crítica
8. Normas para Transcrição de Documentos Manuscritos para a História do Português do Brasil

Bibliografia:
ACIOLI, Vera L. C. A Escrita no Brasil Colônia. 2.ed., Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Massangana, 2003.
CORTÊS ALONSO, V. La escritura y lo escrito: Paleografia y diplomática de España y América en los siglos XVI y XVII. Madrid, Instituto de Cooperación Iberoamericana, 1986.
FERREIRA, Aurélio B. de Holanda. Novo dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975
FLEXOR, M. H. O. Abreviaturas: manuscritos dos séculos XVI ao XIX. 2.ed., SP: Arquivo do Estado, 1990
MALLON, G. Paléographie romaine, Madrid, 1952.
SPINA, Segismundo. Introdução à Edótica. São Paulo: EDUSP, 1984.

OFICINA DE REDAÇÃO: LEITURA E ESCRITA DE TEXTO

Responsável e ministrante: Profº Dr. Juarez Donizete Ambires
Carga horária total: 20 horas
Carga horária semanal: 02 horas
Dia da semana Sábado: das 9h30min às 11h30min
Calendário 1º semestre de 2010

27/03; 17/04; 24/04; 08/05; 15/05;
22/05; 29/05; 12/06; 19/06; 26/06.

Ementa: Leitura e interpretação de texto. Leitura e escrita de texto. A composição do texto argumentativo.

Objetivos: Desenvolver com os alunos exercícios de leitura e interpretação de texto. Observar com os participantes o “conceito de texto” e as partes que o compõem. Firmar as noções de parágrafo (tópico frasal); frase e orações simples e complexas (períodos simples e compostos).

Procedimento didático: As aulas serão expositivas; o professor, no desenvolvimento do trabalho, lançará mão de textos e transparências; caberão aos participantes o comparecimento às aulas e a feitura dos exercícios propostos; quando o exercício for produção de texto, o professor dará correção individual a cada um deles e mostrará alguns em transparências para apreciação conjunta.

Bibliografia:
 ABREU, Antônio Suárez. Curso de redação. 1ed. São Paulo: Ática, 1990.
CITTELLI, Adílson. O texto argumentativo. 1ed. São Paulo: Ática, 1994. GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 8ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1980.
KOCH, Ingedore Vilaça. A coesão textual. 5ed. São Paulo: Contexto, 1992.
KOCH, Ingedore Vilaça e TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual. 3ed. São Paulo: Contexto, 1991.
MOYSÉS, Carlos Alberto. Língua Portuguesa. Atividades de leitura e produção de texto. 2ed. São Paulo: Saraiva, 2008.
OTÍLIA, Maria e ELENA, Maria. Para escrever bem. 1ed. São Paulo: Manole, 2002.

sábado, 20 de março de 2010

Edital Externo para especialista em História da África




 

No ano de 2009 ocorreu um intenso debate entre os estudantes e os professores (a) do curso de História da Fundação Santo André sobre a importância da contratação de um professor(a) especialista em África, embasado na aplicação da Lei 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, luta esta travada desde 2005. Esta seria uma vitória importantíssima. Para alcançarmos este patamar seriam necessários alguns passos até a abertura de um edital externo.

No dia 17 de março de 2010 uma vitória ocorreu, foi aberto o edital externo para contratação de um professor (a) para a disciplina “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”

A Fundação será a grande pioneira neste quesito no grande ABC, proporcionando uma visibilidade maior para a Fundação Santo André e para o Curso de História.

Falar sobre África é falar sobre o Brasil, parafraseando Luis Felipe de Alencastro, sem o Brasil não existiria a África e sem a África não existiria o Brasil. Conexões, redes, intercâmbios entre estes dois países sintetizam a formação do Brasil Contemporâneo.

As inscrições para a contratação de um professor (a) “africanista” ficará aberta até o dia 23 de março no Centro Universitário Fundação Santo André que fica na Avenida Príncipe de Gales, 821, Santo André, São Paulo. O horário para inscrições é das 10h00 às 11h30, das 13h às 15h30 e das 18h30 às 20h30.

Mais informações pelo site: www.fsa.br

quarta-feira, 17 de março de 2010

Grupo de Trabalho "História, Cinema e Práxis"



No dia 13 de março o Grupo História Cinema e Práxis promoveu na FAFIL (Faculdade de Filosofia e Letras) da Fundação Santo André o evento “Uma interpretação a relação entre História e Cinema”. Partindo de trechos de filmes, o grupo fez um balanceamento de como o cinema interage com a história e vice-versa.

O cinema como objeto de estudo nos dias atuais se admite que a imagem não ilustra nem reproduz a realidade, ela é construída a partir de um dado contexto histórico. O papel do historiador consiste em fazer uma série de indagações além do documento visual, ele deve educar seu olhar para analisar, ler as imagens. O uso do cinematográfico como objeto de estudo ganhou força com a renovação historiográfica francesa denominada “nova história” que discutia a utilização de novos objetos e novos métodos de estudo, possibilitando, uma ampliação qualitativa e quantitativa dos domínios da História.

O Grupo História Cinema e Práxis é uma iniciativa dos alunos do Curso de História da Fundação Santo André. O grupo parte de três víeis: O teórico, o prático e a exibição, na busca de resultados acadêmicos e profissionais. Além de ser um grupo de trabalho, que se reúne periodicamente para discussão de textos com enfoque em cinema, também organiza curtas e documentários e integram a organização do evento “Já viu esse filme?”, no qual mensalmente é exibido um filme com a temática do mês.

Os encontros do grupo História Cinema e Práxis acontecem no Laboratório de Ensino e Pesquisa em História e são abertos a todos os interessados.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Palestra do Cubano Julio Moracen no Jornal Repórter Diário






O Jornal Repórter Diário do Grande ABC publicou no dia 25/02/2010 a reportagem sobre a palestra do cubano Julio Moracen Naranjo na Fundação Santo André.

Ler matéria abaixo:

EDUCAÇÃO

25/02/2010

Antropólogo cubano debate o Haiti na Fundação Santo André

Da Redação

O antropólogo cubano Julio Moracen Naranjo estará na Fundação Santo André nesta sexta-feira (26/02), quando ministrará a palestra Memórias do Haiti: a árvore da liberdade.

No encontro, Naranjo abordará a história do Haiti e de seu povo, bem como a luta contra as adversidades externas e internas, a identidade cultural na liberdade e suas incertezas no mundo capitalista contemporâneo.

A palestra é aberta a toda comunidade e acontecerá no auditório da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) às19h30. A Fundação Santo André fica na avenida Príncipe de Gales, 821, Santo André.

Mais informações pelo telefone 4971-3406.


http://www.reporterdiario.com.br/site/noticia.php?id=176253&secao=14

quinta-feira, 4 de março de 2010

Carta Aberta aos Núcleos Regionais, Sócios e aos Colegas Historiadores






Chega um momento decisivo em nossa luta de tanto tempo pela regulamentação da profissão de historiador. O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou no mês de agosto do ano passado o Projeto de Lei do Senado 368/2009 que propõe a regulamentação da nossa profissão (O projeto está disponível no site da ANPUH, www.anpuh.usp.br). O projeto encontra-se para análise e votação em caráter terminativo, ou seja, não precisará ser votado em nenhuma outra instância do Congresso Nacional, na Comissão de Assuntos Sociais, que tem como presidente a senadora Rosalba Ciarlini (DEM -RN) e como vice-presidente o próprio senador Paim. A relatoria do projeto está nas mãos do senador Cristóvam Buarque que no último dia 11 de fevereiro apresentou parecer favorável a matéria, em sessão plenária da Comissão. No entanto a votação da matéria foi adiada por falta de quorum.
Como estamos num ano eleitoral e a maioria dos senadores quer ter uma boa imagem junto a seus eleitores, julgamos oportuno que os Núcleos Regionais da ANPUH, os sócios da entidade e todos os nossos colegas se mobilizem no sentido de que esta proposta não tenha o mesmo destino das anteriores: o arquivamento. Por isso julgamos estratégico que a ANPUH não faça exigências de modificação do texto, que no geral atende aos nossos interesses, colocando obstáculos a aprovação da matéria, procrastinando o desfecho do processo que pode resultar em sua não votação ainda este ano, já que, como sabemos, as atividades legislativas tendem a se concentrar neste primeiro semestre, o que pode resultar em mais uma frustração de nossas expectativas.
Solicitamos que os Núcleos Regionais, os sócios e todos os interessados enviem emails, notadamente à presidente da Comissão, que deseja ser governadora de seu Estado, ao vice-presidente e autor do projeto, que concorrerá à reeleição ao Senado este ano, para que pautem a matéria e a todos os Senadores que integram a Comissão de Assuntos Sociais para que votem o texto. Se não contamos com recursos para levar caravanas a Brasília, podemos nos fazer presentes através do maciço envio de correspondência eletrônica para os Senadores. Os Núcleos devem levar aos Departamentos de História existentes no Estado esta chamada para a mobilização e, inclusive, usar os meios de comunicação em cada Estado para pressionar os parlamentares no sentido da aprovação da matéria.

Os membros titulares da Comissão de Assuntos Sociais são: Augusto Botelho (PT - RR); Marcelo Crivela (PRB - RJ); Fátima Cleide (PT - RO); Roberto Cavalcanti (PRB - PB); Renato Casagrande (PSB - ES); Geraldo Mesquita Júnior (PMDB - AC); Geovani Borges (PMDB - AP); Paulo Duque (PMDB - RJ); Mão Santa (PSC - PI); Ademir Santana (DEM - DF); Efraim Moraes (DEM - PB); Raimundo Colombo (DEM - SC); Flávio Arns (PSDB - PR); Eduardo Azeredo (PSDB - MG); Papaléo Paes (PSDB - AP); Mozarildo Cavancanti (PTB - RR); João Durval (PDT - BA); Cristóvam Buarque (PDT - DF).

Os suplentes da Comissão de Assuntos Sociais são: César Borges (PR - BA); Eduardo Suplicy (PT - SP); Inácio Arruda (PC do B - CE); Ideli Salvatti (PT - SC); José Nery (PSOL - PA); Lobão Filho (PMDB - MA); Romero Jucá (PMDB - RR); Valdir Raupp (PMDB - RO); Garibaldi Alves Filho (PMDB - RN); Wellington Salgado (PMDB - MG); Heráclito Fortes (DEM - PI); Jayme Campos (DEM - MT); Maria do Carmo Alves (DEM - SE); José Agripino (DEM - RN); Sérgio Guerra (PSDB - PE); Marisa Serrano (PSDB - MS); Lúcia Vânia (PSDB - GO); Gim Argello (PTB - DF).

A nossa mobilização é fundamental.
Durval Muniz de Albuquerque Júnior
Presidente da ANPUH

quarta-feira, 3 de março de 2010

Aulas Inaugurais do Curso de Graduação e Lato Sensu de História


Na sexta-feira dia 26/02/2010 ocorreu a palestra sobre a Haiti para as turmas do curso de graduação em História com antropólogo cubano Julio Moracen Naranjo que falou sobre “Memórias do Haiti: a árvore da Liberdade” no auditório da Fafil. A liberdade do povo haitiano como o tronco de uma árvore que não se derruba em palavras visionárias de Toussaint Louverture um de seus principais lideres, acompanha a esse povo desde sua revolução acontecida em 1791.Julio Moracen Naranjo falou historicamente do Haiti tratando principalmente de sua identidade, seu povo,sua luta contra as adversidades externas e internas, sua identidade cultural fortemente enraizada na liberdade e suas incertezas no mundo capitalista contemporâneo. Relatou como o país, que foi o primeiro a abolir a escravidão foi tão prejudicado com a política imposta pelos Estados Unidos, uma das principais causas para o a crise econômica do país. “O país há anos é visto pejorativamente através das imagens dos filmes norteamericanos, onde a cultura do país, principalmente a religião, que é o Vodu, é vista de forma preconceituosa.”




De acordo com o pesquisador, o Haiti possui uma identidade negra específica, semelhante ao dos norteamericanos, cubanos e brasileiros. Esta relação é por conta dos negros que foram escravizados oriundos da África. Muitos, para poder professar sua religião original, introduziam elementos da religião do colonizador, dando origem a um sincretismo religioso.


Julio Moracen, Holguin antropólogo e diretor de teatro, possui graduação em Licenciatura em Artes Cênicas com habilitação em direção e dramaturgia e teatrologia pelo Instituto Superior de Arte da Havana, Cuba. Doutor em Estudos da América Latina e Caribe pela Universidade de São Paulo - USP. Atualmente é doutorando em Etnologia e Etno-antropologia na Universidade Degli Studi Sapienza,Roma; professor de história e patrimônio imaterial na Universidade Federal de São Paulo(UNIFESP/SP) e Investigador do Centro de Teatro e Dança de la Habana, Cuba. Atua na área de Artes com ênfase em Teatro Latino-caribenho, História e Patrimônio Imaterial da América latina e Caribe.





Mesa-Redonda – No sábado dia 27/02/2010 ocorreu uma debate sobre “História, Ensino e Educação Patrimonial com a Profa. Dra. Conceição Cabrini e a Profa. Márcia Moisés Ribeiro. O debate girou em torno da importância de uma discussão sobre educação patrimonial, com o objetivo de propagar a herança cultural e sensibilizar todos os segmentos educacionais na prática de preservação do patrimônio.





Profª. Drª. Conceição Cabrini – Doutora em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC

Profª. Drª Márcia Moisés Ribeiro – Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo - USP

terça-feira, 2 de março de 2010

Um Laboratório de História no Sítio Tangará





O LEPH (Laboratório de Ensino e Pesquisa em História) teve destaque na imprensa na coluna do jornalista Ademir Medici do Diário do Grande ABC no dia 27 de novembro de 2009. Medici entrevista o coordenador do curso de História da Fundação Professor Doutor José Amilton, que conta a história do laboratório e sua finalidade.
O DIÁRIO ONLINE desta semana, já no ar, focaliza o Laboratório de Ensino e Pesquisa em História da Fundação Santo André (LEPH). Entrevistamos o professor José Amilton de Souza, coordenador do curso de História da Fundação. Ele conta a história do LEPH e faz justiça aos pioneiros da Fundação Santo André, com destaque para o professor emérito Nelson Zanotti, idealizador da instituição em 1952.

O LEPH surgiu da experiência de práticas de ensino e pesquisa desenvolvidas por professores e alunos do curso de licenciatura e bacharelado em História da Fundação Santo André. De um lado, a formação do educador; de outro, a contribuição da escola no estudo e construção da memória e história, inclusive a regional.

Busca-se uma integração: ensino, pesquisa e extensão universitária. O aluno é levado à iniciação científica. Descobre que pode e deve se envolver com fontes documentais orais, iconográficas, escritas e materiais. Ou seja: recebe informações para localizar e ouvir os protagonistas da história, lidando com fotografias, objetos, pesquisando e escrevendo.

Promete o professor Amilton: "Buscaremos o permanente compromisso com a pesquisa e o ensino, a produção e a divulgação de conhecimento sobre o Grande ABC e um constante esforço para resgatar aspectos diversos de memórias da população local como um direito dos cidadãos e com o propósito de refletir sobre a prática do ensino-pesquisa de História no campo da História".

Sábias palavras. Vida longa ao LEPH. Que acadêmicos e não acadêmicos possam conviver e refletir a partir do espaço sagrado da Fundação Santo André, em pleno Sítio Tangará, no coração do Grande ABC.



MEMÓRIA NA INTERNET - Programa 24: nasce um laboratório de História. Entrevistado: professor José Amilton de Souza, coordenador do LEPH. Editor do DIÁRIO ONLINE, Marcelo Ruiz; imagens e edição, Eduardo Donato; apresentação, Ademir Medici. Acesse: www.dgabc.com.br ; depois, clique VIDEO e GRANDE ABC MEMÓRIA.


http://video.dgabc.com.br/default.aspx?pagina=video&idvideo=530&e=setecidades&t=grande+abc+mem%c3%b3ria+programa+25